Olá, turma!
Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a origem do Halloween e seus símbolos.
Origem do Halloween
A festa que originou o Halloween chama-se “Samhain” (fim do Verão), festividade da época pré-cristã, na qual os celtas se despediam do Verão, agradeciam pelas colheitas e davam boas vindas à temporada invernal. Segundo a tradição, na virada da noite de 31 de Outubro, os espíritos podiam visitar o mundo dos vivos, e os antigos celtas, usavam máscaras e fantasias assustadoras para espantá-los.
Quando o Império Romano invadiu os domínios celtas, o “Samhain” foi adotado e celebrações similares propagaram-se por toda a Europa. Porém, quando a comunidade irlandesa prosperou nos Estados Unidos, a antiga celebração, tomou um vulto imenso, transformando-se numa das festas norte-americanas mais populares. Nos Estados Unidos, o festejo foi fusionado com o 1 de Novembro (Dia de Todos os Santos, no Cristianismo) e o “Samhain” passou a chamar-se “Halloween” (‘all-hallows-evening”, noite de todos os santos). Outra festividade que influenciou nas características da celebração, foi a antiga festividade de origem alemã, a “Noite de Walpurgis”, também conhecida como a “Noite das Bruxas”, na Europa.
No princípio do século XX, a festa tornou-se mais popular, com desfiles de fantasias “assustadoras” ou não, lamparinas feitas de abóboras e crianças buscando doces pelas casas (o famoso trick or treat).
E agora vamos conhecer a lenda que deu origem às lamparinas feitas de abóboras.
Jack’o lantern
A lenda do jack’o lantern surgiu a partir de um mito irlandês acerca de um homem apelidado de “Jack Miserável”. Segundo a história, Jack Miserável convidou o Diabo para tomar uma bebida com ele. Fiel ao seu nome, Jack Miserável não queria pagar a sua bebida, então, convenceu o Demônio a se transformar em uma moeda que Jack usaria para pagar as bebidas. Depois que o Diabo fez isso, Jack decidiu pegar o dinheiro e colocá-lo em seu bolso ao lado de uma cruz de prata, o que impediu o Diabo de mudar de volta em sua forma original. Jack solta o Diabo, sob a condição de que ele não incomodaria Jack durante um ano e que, se Jack morresse, ele não pediria a sua alma. No ano seguinte, Jack enganou de novo fazendo o Diabo subir em uma árvore para pegar um pedaço de fruta. Enquanto ele estava em cima da árvore, Jack esculpiu um sinal da cruz na casca da árvore para que o diabo não pudesse descer, até que o Diabo prometeu Jack para não incomodá-lo por mais dez anos.
Pouco depois, Jack morreu. Como diz a lenda, Deus não permitiria que uma figura tão repugnante fosse ao céu. O Diabo, embora chateado com o truque de Jack, tinha de manter sua palavra de não reclamar a alma de Jack, assim não permitiu que este fosse para o inferno. Ele enviou Jack para a noite escura, com apenas uma queima de carvão para iluminar seu caminho. Jack colocou o carvão em um nabo esculpido e tem vagueado pela Terra desde então. Os irlandeses começaram a se referir a essa figura fantasmagórica como “Jack O’ Lantern”.
Na Irlanda e na Escócia, as pessoas começaram a fazer suas próprias versões de Jack O’Lantern, esculpindo rostos assustadores em nabos e batatas e colocando-os em janelas ou portas de perto para afugentar Jack Miserável e outros espíritos errantes do mal. Na Inglaterra, beterrabas grandes são usadas. Os imigrantes destes países trouxeram a tradição Jack O’Lantern com eles quando vieram para os Estados Unidos. Eles logo descobriram que as abóboras, uma fruta nativa da América, era ótima para fazer as lanternas.
Agora, anotem no caderno de Língua Portuguesa, os dois aspectos que consideram mais relevantes sobre a origem do halloween para construirmos um cartaz informativo.
Para finalizar, vamos ler um pequeno conto de assombração:
Encurtando caminho
Tia Maria, quando criança, se atrasou na saída da escola, e na hora em que foi voltar para casa já começava a escurecer. Viu uma outra menina passando pelo cemitério e resolveu cortar, fazendo o mesmo trajeto que ela.
Tratou de apressar o passo até alcançá-la e se explicou:
– Andar sozinha no cemitério me dá um frio na barriga! Será que você se importa se nós formos juntas?
– Claro que não. Eu entendo você – respondeu a outra. – Quando eu estava viva, sentia exatamente a mesma coisa.
Do livro Sete histórias para sacudir o esqueleto. De Ângela Lago, Editora Companhia das Letrinhas, São Paulo, 2002.